O marlim-azul é uma daquelas espécies de peixes que mexem com o imaginário de qualquer pescador. Imortalizado no livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, o gigante dos mares é considerado um temível predador de outras espécies, além de ser cobiçado pelos pescadores esportivos. Veloz e tenaz, o peixe pode pesar até 900 quilos no caso das fêmeas.
Antes ameaçada pela pesca desenfreada, essa espécie já onsegue se manter no Oceano Atlântico por mais tempo. Nos últimos anos, a captura brasileira de marlim-azul caiu drasticamente. Em 2011, último levantamento feito, a captura foi de 65 toneladas, número doze vezes menor se comparado com 2001, quando chegou a ter 781 toneladas de peixes capturados.
No Oceano Atlântico, o marlim-azul é capturado incidentalmente na pesca comercial de barcos atuneiros no Brasil e em cerca de 40 países. Hoje, sua comercialização está proibida em todo o território nacional, através da Instrução Normativa número12, de 2005, editada pela Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap). Mas, no caso de captura acidental, sua carne pode ser doada para a pesquisa ou instituições de caridade.
Um grupo de pesquisadores de várias partes do mundo, incluindo Brasil e Estados Unidos, uniu forças na década de 70 para estudara rota migratória dos peixes-de-bico, como o marlim-azul, marlim-branco, sailfish, spearfish, marlim-polegar e swordfish (meca).
Iniciado em janeiro de 1974 pelo pesquisador paulistano radicado em Santos Alberto Ferreira de Amorim, do Instituto de Pesca, o estudo tem como objetivo mostrar a distribuição da espécie. “Para se estudar uma população, um dos itens principais é a sua distribuição”, diz.
A Comissão Internacional para a Conservação do Atum Atlântico (ICCAT) é a responsável por analisar seu estoque para saber quanto pescar, foi pescado e outros temas relevantes para o controle da espécie.
Anualmente, em julho e agosto, cada país membro da Comissão Internacional para a ICCAT reporta suas capturas, áreas e o número de anzóis lançados. Os representantes também participam das avaliações de estoque.
Através de uma tag, que é colocada na região dorsal do peixe, os pesquisadores descobriram que um marlim-azul pode desbravar os oceanos, percorrendo distâncias imensas.
De acordo com o pesquisador, a mais longa distância registrada é a de um marlim-azul liberado em 1992, em Delaware, na costa leste americana, e reencontrado após três anos em frente às Ilhas Maurício, no Oceano Índico. O trajeto possível entre os dois pontos é de 9.100 milhas náuticas (16.853 quilômetros).
“Do Oceano Índico para o Pacífico, praticamente não há barreiras para um peixe como esse. Portanto, se ele não fosse capturado no Índico talvez passasse para o Pacífico”, explica Amorim.
Suas migrações pelos oceanos estão relacionadas com as fases de crescimento e épocas de desova, que ocorrem no Atlântico Norte e Sul em seus respectivos verões.
O marlim-azul está presente em todo o litoral brasileiro, mas sua pesca vai depender de uma estrutura como existe nos iates clubes, com serviço de rádio, píer de embarque e desembarque entre outras como abastecimento. “Onde a plataforma é estreita (Bahia e Espírito Santo), ele está mais perto. É mais fácil e econômico de pescá-lo”, explica.
Desova
O pesquisador diz que aparentemente a desova do marlim-azul ocorre em região oceânica e em épocas distintas. “No Atlântico Norte, a reprodução acontece de maio a outubro. No Atlântico Equatorial, o pico da desova se dá nos meses de junho a julho, e no Atlântico Sul, de novembro a abril”.
Amorim afirma que entre março e abril foram observadas na região de Abrolhos, no sul da Bahia, fêmeas prontas para de março e abril foram observadas na região de Abrolhos, no sul da Bahia, fêmeas pontas para de Amorim afirma que entre março e abril foram observadas na região de Abrolhos, no sul da Bahia, fêmeas prontas para desova, em local fora da plataforma continental, onde tem grandes profundidades. A desova é na camada superficial, cerca de
5 metros.
Fêmea com comprimento estimado de 2,85 metros e cerca de 250 quilos está madura para deixar descendentes, de acordo com o especialista. A idade em que o macho está pronto para procriar ainda não foi estabelecida. O marlim-azul raramente ultrapassa os 240 kg.
Batalhas
Um estudo desenvolvido em parceria com o pesquisador Eduardo Pimenta, da Universidade Veiga Almeida, de Cabo Frio (RJ), mostra que o marlim-azul se alimenta de várias espécies: bonito-pintado, dourado, peixe-porco, albacora-bandolim, sardinha,peixe-espada, lula entre outros.
Mas quem pode frear o ímpeto desse gigante? “Por estar no topo da cadeia alimentar, seus predadores são de respeitáveis tamanhos: tubarão-branco, tubarão-anequim e os golfinhos tipo-orca”, lista Amorim.
O pesquisador chama a atenção para outra grande ameaça aos animais marinhos, incluindo o marlim-azul, é o lixo jogado nos rios, estuários e mares. Até tampa de garrafa pet já foi encontrada no estômago do peixe.
Da redação, com informações do Instituto de Pesca
O site geralmente trás bons textos, como este do marlin azul, porém deveria se preocupar mais com a redação dos mesmos. O texto acima está mal escrito, com repetição de termos e confuso em algumas partes, por exemplo ao dizer que a fêmea do marlin azul está madura aos 250kg e logo depois dizer que o marlin azul raramente passa dos 240kg (creio que a intenção era dizer que o macho raramente passa dos 240kg). Tais erros de redação dificultam a compreensão para leigos.
Deve ser muito bom brigar com um peixe desses.